Requisitos para ser bruxa

fetiços
1. Estar dotada de alguns atributos naturais que lhe permitam perceber sensações extrassensoriais habitualmente fora do alcance da maioria das pessoas.
2. Ser consciente de que possui estas faculdades.
3. Respeitar e considerar a natureza como um bem inigualável.
4. Crer em Deus ou um conjunto de deuses.
5. Estar convencida da existência de uma ordem universal.
6. Crer tanto no mundo visível como na existência do invisível.
Também é necessário:
Conhecer perfeitamente tudo o que for relacionado com a astrologia, adivinhação, premonição e telepatia.
Saber manipular e utilizar as plantas medicinais corretamente.
Poder se conectar com os espíritos sem nenhum tipo de problema.
Saber dar conselhos psicológicos adequados a seus seguidores.
Não militar em nenhuma causa política, integrista, racial ou que discrimine ambos os sexos.
Saber cultivar e fecundar campos.
Poder ajudar igualmente no nascimento e na morte.
Saber que seus poderes especiais sempre serão empregados para fazer o bem.
Não deve sentir medo das entidades maléficas do além.
Não deve orar nem implorar a seu Deus, apenas colocar-se em contato com Ele.
Não deve esquecer que tudo o que se faça pelos outros repercutirá em você três vezes, incluídas as ações desafortunadas.

Organização

Posto que a bruxaria é uma filosofia de orientação social e ajuda, é importante que as bruxas não trabalhem isoladas e que se integrem em grupos afins, pois isto lhes proporciona maior energia. O habitual é formar um coven ou grupo de treze pessoas, pois este número coincide com os treze meses lunares do ano. Não há inconvenientes em que este grupo seja de seis casais, homens e mulheres, pois assim o equilíbrio de forças seria perfeito.
O líder será uma A Sacerdotisa ou um sumo sacerdote, ainda que frequentemente existam ambos. Se existirem discrepâncias sobre quem tem direito a exercer como líder, deve-se ter em conta a herança, pois quem é descendente de bruxos terá uma genética mais adequada. Dado que as hierarquias não existem e somente se trata de buscar um moderador com experiência, tampouco é necessário realizar mudanças eleitorais frequentes.

Seres Supremos

O poder único se divide entre os princípios masculinos e femininos. A figura masculina mais conhecida é o deus com chifres, o carneiro ou macho caprino, possivelmente uma deformação do deus Pan ou o antigo deus da Natureza. Este poder também é conhecido como Osiris e Cernunnos, este último bastante desconhecido e que também se denomina como o Antigo ou o que possui Cornos.
Quanto à figura feminina, conhece-se como Diana, Selene, Cibeles, Artemis, Isis ou Hécate, embora aparentemente haja uma unificação sob o simples nome de Grande Mãe ou Senhora.
Certamente não é um equivalente à Virgem Maria dos cristãos, nem tampouco é Santa Brígida ou qualquer outra santa.

Símbolos

Como em qualquer outra religião, os símbolos são parte essencial da magia, pois representam o caminho para comunicar-se com os deuses. A imagem de Deus esta representada quase sempre com chifres, bem seja como um sol ou como uma cabra ou macho caprino. Não se costuma empregar a palavra “deus” para definir o Criador e é preferível falar sobre o poder do universo, o que move a Lua, a Terra e controla a Natureza.
Os símbolos na bruxaria são o laço de conexão, do mesmo modo que são as imagens nas religiões, e permitem unir o microcosmo que a bruxa forma com o macrocosmo, no qual estamos todos integrados. É como se existisse um canal entre um e outro, e que pode ser aberto mediante simples, porém precisos rituais ou palavras. Sua teoria se aproxima muito ao espiritismo, pois estão certos de que junto ao nosso mundo visível existe outro paralelo e invisível, e que ambos são controlados pelo poder do deus.
O círculo no qual trabalham habitualmente representa a própria natureza, onde não existe principio nem fim, pois tudo é uma roda na qual giramos sem que nada nem ninguém esteja em cima ou em baixo. O círculo permite que a bruxa atue como mediadora entre os dois mundos, tanto se estiver dentro ou preferir trabalhar fora dele. A facilidade que a bruxa tem para estabelecer esta conexão, na bem verdade é algo que todos os seres humanos possuem, pois nossa alma e nosso espírito formam um todo invisível como seres viventes, ainda que não se perceba com a mesma claridade que tem as pessoas que se dedicam a isto. Trabalhar dentro de um círculo no fim das contas supõe conseguir um melhor isolamento e concentração, pois todo o poder se manifestará com maior rapidez e precisão. Além disso, estar dentro do círculo permite que a bruxa ou o mago estejam protegidos das forças negativas e desde o interior do circulo podem-se executar inclusive maldições ou conjuros sobre pessoas maléficas, pois a energia é muito alta e não resulta interferida.
Outro símbolo utilizado frequentemente, e que pode ter reminiscências de magos antigos é o cone, a mesma forma que tinham os chapéus desses mestres legendários, entre eles o mago Merlin. Frequentemente emprega-se o cone quando se está dentro do circulo mágico, mas costuma-se elevá-lo ao céu ou mostrá-lo aos crentes, tal como fazem as religiões com seus símbolos mais sagrados. O cone também remete a abundancia, a segurança, a proteção e a felicidade, e com ele pedimos orações, saúde e energia.
O aquelarre é uma reunião noturna de bruxos e bruxas, com a intervenção do demônio ordinariamente figurado como o macho caprino, ainda que seja mais frequente nas tradições da magia negra.
Outras reuniões festivas têm lugar em datas concretas, e entre elas temos a Festa das Bruxas ou Samhain, que se celebra dia 31 de outubro e nela se fala da morte física e mostra conexão com o mundo invisível que nos espera.
O Yule tem lugar entre 20 e 23 de dezembro, coincidindo com a noite mais curta do ano, e poderia ser o equivalente com o Natal cristão, empregando-se também velas vermelhas e arvores para comemorar a data.
A festa da Luz crescente se efetua no dia 2 de fevereiro e nos fala do despertar da natureza, como o anuncio de uma primavera antecipada.
Halloween é a festa mais popular e se celebra dia 31 de outubro, um dia antes da comemoração de Todos os Santos. A ideia original era acender fogueiras e praticar danças para afastar os maus espíritos do lugar, pois as pessoas acreditavam que nessa data as almas dos mortos visitavam seus antigos lares, algo que poderia trazer más consequências se tais defuntos haviam sido maltratados. Também se aproveitava esta data para que os adivinhos efetuassem suas premonições sobre a saúde, o dinheiro e o amor, e os magos podiam inclusive contatar com o demônio para casos em que se precisasse um serio castigo para alguém.
O símbolo característico desta festa, sumamente popular na América do Norte, é uma abóbora vazia dentro da qual se coloca uma lanterna ou uma vela. A luz sai pelos cortes feitos para simular os olhos e a boca, e as crianças aproveitam para pedir doces entre a vizinhança.
Os Esbats são outras festas de menor importância e se celebram coincidindo com as fases da Lua, ainda que se escolha preferencialmente a Lua cheia. O lugar agora é exterior e ali se desenha um circulo mágico de uns 2,5 metros de diâmetro, que também pode ser aumentando se o numero de participantes requererem. Nesta ocasião todos os participantes devem estar dentro do círculo, sentados ou em pé, pois junto com a dança consegue-se uma maior energia.
O pentagrama é uma estrela de cinco pontas inserida dentro de um círculo, dentro do qual esta desenhado um ser humano nu, podendo ser mulher ou homem. As cinco pontas representam os elementos essenciais da vida – terra, ar, água, fogo e mente -, e é frequente ver as bruxas com este símbolo como parte de medalhões ou fivelas. O metal empregado é a prata, ainda que também possamos ver numerosas pedras incrustadas, de cores, segundo se afirma, que lhes proporcionam proteção e fortaleza.

Objetos

Além do cone ou chapéu que já mencionamos antes, os atos de bruxaria empregam uma grande quantidade de elementos para seus rituais, entre eles:
O incenso é parte da tradição religiosa e, portanto incorporado à bruxaria. Seus aromas são suaves, porém penetrantes e dizem que pode elevar a mente dos participantes a mundos superiores.
O bolo é um doce que representa a mãe natureza e a terra que nos proporciona alimento, o que supõe que é um alimento que se comparte entre todos, tal como se comparte a eucaristia cristã. Não contem nenhum ingrediente especial, ainda que o cranberry esteja quase sempre presente, assim como algumas folhas de visco-branco.
Também é habitual encontrar pequenas porções de sal e água, em algumas ocasiões usa-se vinho.
Considere-se também a inevitável fogueira para dançar ao redor e as velas que os participantes portam.
O tradicional caldeirão não desapareceu, tampouco a vassoura, pois no primeiro se preparam saborosas comidas aromatizadas com ervas, que servirão para continuar a festa até a madrugada. A vassoura é um elemento simbólico para assegurar que a bruxa seja capaz de comunicar-se com o céu e o mundo dos espíritos, mediante o voo astral na escuridão da noite. Também é empregada como símbolo de fertilidade e para recordar a presença da natureza.
A roupa pode ser a tradicional túnica, ainda que se admita acudir vestidos com roupa normal do cotidiano e inclusive se permite que os mais espirituais dancem nus. Isto se faz para que as boas vibrações envolvam o participante, pois a roupa pode impedir o efeito desejado.